17/01/2011

"Pedagogizando" - Adequar para ensinar

Bem, uma das minhas maiores descobertas na pedagogia é que uma das principais razões para um bom aluno mostrar desinteresse e indisciplina durante as aulas é o fato de o ensino não estar o atingindo da forma como deveria.

Nesses casos, na maioria das vezes, o conteúdo está fraco demais, "xôxo" demais, fácil demais ou repetitivo demais, alheio ao fato de que alunos, independente da idade, se cansam de ouvir as mesmas coisas, de responder as mesmas perguntas e seguir as mesmas orientações que não lhes oferecem nenhum desafio.

Engana-se quem acredita que repetição é um método sempre eficaz. Pense na Matemática para entender isso: resolver mecanicamente 100 operações de multiplicação e divisão garante que você as entenda? Não! Muitos de nós (e me incluo nisso) sobrevivemos bem às aulas de Matemática até a 5ª ou 6ª série e depois elas viraram um pesadelo justamente pela falta de compreensão dos conteúdos mais elementares.

Fato é que fazer uso estratégias memorizadas desprovidas de sentido em qualquer situação na vida não é demonstração de uma real aprendizagem.

A verdadeira aprendizagem ocorre quando há conflitos, dificuldade e esforço direcionado e motivado para atingir um determinado objetivo. E ela muda a vida do aluno, o leva para um estágio mais avançado de conhecimento e o permite utilizar suas descobertas em outras situações fora do âmbito escolar por iniciativa própria.

Este aspecto é, para mim, um dos maiores desafios como professora. Principalmente porque em uma sala de aula com 35 alunos você encontra uma diversidade tão grande de interesses, necessidades e habilidades que é imensamente difícil atingir, desafiar e motivar a todos. Difícil, sim, mas é necessário. E existem inúmeras estratégias para que isso se torne possível.

Agora, pensando em vida e crescimento espiritual esse princípio permanece. Se você quer ser um bom educador cristão, um bom conselheiro, professor ou alguém que possa contribuir com a vida de outrem, preste atenção a adequação.

  1. Olhe para o outro (aluno, aconselhado, amigo) – De que maneira você pode desafia-lo a ir além do que ele já sabe?

  1. Não generalize – Cada vida é uma vida. Tente enxergar individualmente cada pessoa, e cuide para que seu ensino tenha um direcionamento especial para a vida de cada um.

  1. Desafie – Não deixe que seu ensino caia na “mesmice”. Varie seus métodos, inclua conteúdos mais sólidos e mais “difíceis”. Até você se surpreenderá como seus alunos são inteligentes e capazes.

  1. Deixe-o caminhar – Ás vezes alguém só precisa de um incentivo e de você por perto para dar apoio e confiança. Lembre-se de como aprendeu a andar de bicicleta: quedas fizeram parte da aprendizagem. Se arriscar e até mesmo errar, muitas vezes, é necessário.

Estou lendo novamente o livro “Vivendo acima da mediocridade” do Charles Swindoll que tem me inspirado nessas reflexões.

Que desafio esse de ultrapassar as barreiras da mediocridade, ir além, voar altaneiramente e ajudar os outros a fazerem o mesmo...

É tão bom lembrar que temos um Deus que nos dá sabedoria e nos capacita. Basta pedir e colocar-se à disposição!

Desejando um 2011 altaneiro para todos!