08/04/2010

Enquanto os lírios não desabrocham

Eu amo minha irmã Debora. Também amo muito a irmã Raquel, mas acontece que eu acho que tenho uma conexão diferente com a Debora. É até engraçado...

Sábado passado comprei um vaso de lírios laranjas para minha avó de aniversário. Haviam apenas 2 flores abertas, as outras ainda eram botões fechados.

No dia seguinte, tomei um susto ao abrir a porta da copa: haviam 3 flores a mais abertas e lindas! Pensei: nossa, é incrível como essas florzinhas abrem rápido!

Nesse mesmo dia, a noite, notei que mais um botão estava começando a querer abrir. Lembrei então que sempre tive o desejo de ver uma flor desabrochar. Na tv, quando aparecem essas filmagens em câmera acelerada isso parece um fenômeno tão incrível, mas mais maravilhoso deve ser ver isso acontecendo ao vivo e a cores! Pensei: É hoje!!! rs...

Como o botão ainda estava fechado, decidi ficar no quarto um pouco lendo, e depois veria como a florzinha estava...

Mas cerca de apenas 20 minutos depois, quando passei novamente pela copa, ela já havia começado a abrir. Isso seria uma tarefa difícil, pensei. O melhor mesmo era montar guarda em cima do vaso e não desviar meu olhar até que essa flor resolvesse abrir mais.

E foi isso que fiz... E os minutos foram indo, mas nada acontecia. Peguei a Bíblia, li mais alguns capítulos e nada... Decidi pegar a máquina fotográfica para registrar o processo e ali foram mais vários minutos em uma seção de fotos do vaso...

Cerca de meia hora depois, alguém chegou. A Debora, finalmente, pensei! Não vou ficar sozinha na minha empreitada! rs...

E assim foi. Contei a ela sobre a minha resolução maluca (maluca, talvez, para vocês, porque para ela foi a coisa de maior sentido no mundo).

Conversamos sobre Deus, sobre os lírios, sobre Salomão, que em toda a sua glória jamais se vestiu como aquelas pequenas florzinhas que abrem, e logo murcham... E ficamos ali, mais uma década (a meus olhos), falando sobre todos os assuntos do dia, do mês, e quase do ano... Mas nada da flor abrir mais.

Aliás, olhando as fotos que tirei, a flor até que abriu um pouquinho, mas não fez nenhum movimento que nossos olhos humanos pudessem notar a olho nu. Frustrante!

Nesse ponto a hora já passava da meia noite e nós duas teríamos que acordar cedo no dia seguinte. Decidimos, sentindo um peso no coração, ir dormir, encarando a dura realidade de que nossa flor estaria aberta no dia seguinte, linda, radiante, sem que nossos olhos tivessem visto esse belo milagre acontecer.

Depois, pude refletir sobre várias lições que poderíamos tirar com isso. Aí vão duas:
- A flor abre no tempo dela e não se importa com os olhares e expectativas a sua volta. (Assim é a vontade de Deus para nossas vidas: tem um tempo certo, independente de nossa expectativa).
- Quer ver um milagre? Procure no seu coração, na sua vida, na nos acontecimentos e fenômenos a sua volta... Note o antes e o depois das coisas. Mesmo se vc não visualisar o milagre acontecer, pode saber que Deus esteve ali. Precisamos prestar atenção!

Um comentário:

  1. Que lindo está o seu blog!! Profundo... rs
    Em um dia em que sinto meu coração cansado de esperar por milagres, é muito bom pensar no que você escreveu, amiga linda...
    Bjooo!
    Amo muito você!!

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